sábado, 24 de novembro de 2012

Projeto RPSP- Juízes 11


Projeto Reavivados por Sua Palavra- Juízes 11

Leia ou ouça o capítulo de hoje: http://www.bibliaonline.com.br/acf/jz/10

Texto de hoje do blog da Bíblia:

Nossa primeira impressão de Jefté, o gileadita não é positiva. Ele é filho ilegítimo de uma prostituta, um proscrito com uma história familiar conturbada e o líder de uma gangue de "homens sem valor." No entanto, este indivíduo aparentemente indigno tornou-se juiz de Israel por seis anos (12:7), mas antes ele precisaria aprender algumas lições difíceis ao longo do caminho.

Ao contrário de juízes anteriores, não houve uma chamada divina de Jefté à liderança. Seu domínio sobre os gileaditas veio como resultado da negociação junto aos anciãos de Gileade (11:8-10). Apesar disso, no entanto, não há dúvida de que Deus está guiando os eventos nos bastidores. O Senhor capacita Jefté para lutar contra os inimigos de Israel (11:29) e entrega os amonitas em suas mãos (11:32). As livramentos do Senhor favorecem Israel (11:27), mas não favorecem Jefté.

História de Jefté poderia muito bem ter terminado aqui, sem o infeliz voto que ele fez. Mesmo estando claro que Deus o havia ajudado a combater os amonitas, Jefté sentiu que poderia barganhar com Deus da mesma maneira que ele fez com os anciãos de Gileade. Imediatamente nós nos chocamos com a total falta de entendimento do sistema de sacrifício por parte de Jefté. A Lei de Moisés claramente especificava que tipos de ofertas eram aceitáveis. Jefté não tinha permissão para sacrificar a quem primeiro saísse das portas de sua casa (11:31). No entanto, ele acredita que Deus pode ser subornado por holocaustos. Este voto desnecessário traria muita tristeza a Jefté e a sua filha única.

A narrativa não é clara sobre o que aconteceu com a filha de Jefté. O voto está redigido de tal forma a dar a impressão de que Jefté se referia a um sacrifício físico. Mas a Bíblia não diz que ela foi sacrificada. Em vez disso, nos é dito simplesmente que ela cumpriu a promessa de seu pai e não conheceu homem (11:39). Ela lamenta a sua virgindade ao longo da vida (11:37), e está obviamente preocupada que seu pai a sacrificasse. Desde que sacrifícios humanos foram condenado pela Torá (Dt 18:10), a filha de Jefté deveria viver a vida solitária de um nazireu (Nm 6).

A experiência de Jefté é uma lição bíblica sobre como devemos ser cuidadosos com o que dizemos. É também um aviso sobre negociar com Deus, como se o Todo-Poderoso fosse uma divindade pagã, que pode ser manipulado. Muitas vezes nos encontramos dizendo: "Senhor, se você fizer isso por mim, então eu vou ser um cristão melhor." Não há nada que o Senhor queira mais de nós do que a nossa entrega incondicional a Ele.

Deus anseia para regar as nossas vidas com bênçãos, mas devemos estar dispostos a submeter-nos à Sua vontade em vez de tentar manipulá-lo com a promessa de boas ações.

Justo Morales
Universidade Adventista do Sul

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