quinta-feira, 29 de agosto de 2013

RPSP- Salmos 22

Reavivados por Sua Palavra
Leitura Bíblica  - Salmos 22
Comentários: Delbert Baker
Este salmo tem uma dupla, e até mesmo tripla, aplicação. Por um lado, vemos Davi repartindo a sua própria experiência de dor e angústia. Visto a partir da perspectiva messiânica, este Salmo expressa o que Cristo passou no lugar do pecador e como alcançou uma grande vitória na cruz. O Salmo pode ainda ser compreendido a partir da perspectiva relacional e experiencial, a qual nos traz valiosas informações sobre a melhor forma de lidar com difíceis experiências da vida.

O Salmo 22 tem sido chamado de “O Salmo da Cruz” por causa de suas referências óbvias aos sofrimentos experimentados pelo Messias. Os escritores do Novo Testamento aplicam diversos versos desse Salmo aos sofrimentos de Cristo e Sua crucificação. Toca o coração imaginar a agonia de Cristo, apesar de sua confiança em Deus, quando Seu Pai O abandonou por causa da sua identificação com os pecadores e do seu propósito de levar sobre sí o peso do pecado que lhes pertencia.

O Salmo é um convite à reflexão acerca dos sofrimentos de Cristo e Seu amor por nós. Somos incentivados por Ellen White a rever frequentemente as cenas finais da vida de nosso Redentor. ”Far-nos-ia bem passar, diariamente, uma hora a refletir sobre a vida de Jesus, da manjedoura ao calvário. Devemos tomá-la ponto por ponto, e deixar que imaginação se apodere de cada cena, especialmente, as finais. Ao meditar assim em seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nele será mais constante, nosso amor, vivificado e, seremos mais, profundamente imbuídos de seu espírito”. (White, DTN, p. 83).

Há muita autenticidade neste Salmo. Nele, o salmista expressa sua enorme dor. Ele fala acerca de como ele tem necessidade de ter Deus perto de sí, porque o seu problema o está sufocando e não há nenhum sistema de apoio humano para socorre-lo. Ele descreve como está carente e ferido. Adversários terríveis se opõem a ele de tal forma que sua energia e vitalidade se esgotaram. Seus inimigos são muitos e têm grande força. O que ele pode fazer? Onde ele deveria buscar ajuda? O que nós fazemos? Onde buscamos ajuda? Então ele avança para o reconhecimento de que há apenas uma fonte de apoio a quem recorrer — o próprio Deus!

O salmista faz um fervoroso apelo suplicando a presença e a proteção de Deus. Por quê? Porque ele sabe que se Deus está próximo e envolvido, então, independentemente do resultado, ele ficará bem. Ele não esconde a sua tristeza e depressão, mas suplica: “Tu, porém, Senhor, não fiques distante! Ó minha força, vem logo em meu socorro!” (verso 19) Então, embora ainda esteja no meio do problema, ele acrescenta: “E tu me respondeste” (verso 21). Isto é realmente surpreendente.

Talvez tenhamos que passar por situações semelhantes um dia na vida. Quando tudo aparentemente estiver fora de controle, o crente que coloca em prática os princípios do Salmo 22 pode declarar a vitória antes da vitória realmente acontecer. Como? Através da fé! Os filhos de Deus não  precisam ver para crer, Deus lhes prometeu a vitória e isso é suficiente para eles. Este é o exemplo Messiânico, o exemplo de Cristo, e essa pode ser a nossa experiência.
Delbert Baker

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