terça-feira, 8 de julho de 2014

Restauração - Ezequiel 11

Lições de Vida

Leitura Bíblica Ezequiel 11
Restauração
As lições para nosso aprendizado em Ezequiel 11:

A mão de Deus pesa contra os líderes desobedientes  e a restauração futura da nação de Israel

1.O profeta foi elevado por Deus do átrio interior onde estava para ver o querubim. Deus mostrou 25 homens, provavelmente os líderes do povo, sendo Jazanias e Pelatias os príncipes deles. Pessoas que devem ser o exemplo para o povo nem sempre o são. O povo perece quando não há bons líderes. O povo sofre quando não há piedade em seus líderes. Quando alguém constrói casas é porque está se estabelecendo em segurança e mostra que não está vendo o perigo iminente. Talvez estejamos “construindo casas” enquanto o Senhor quer nos falar de algo mais urgente que está acontecendo em nossas vidas. Os líderes estavam ironizando as palavras de outro profeta, Jeremias (Jr 1.13). É como se estivessem dizendo: “já que somos carne e a cidade um caldeirão fervente, não adianta mais sairmos daqui, vamos ficar aqui” (v.1-3).

2.Por causa dessa falta de temor e zombaria, Deus ordena ao profeta Ezequiel profetizar a destruição deles. Por si mesmo o profeta não teria forças para profetizar. O Espírito o dirigiu a isso. Deus conhece não apenas a zombaria das palavras dos perversos, mas também os desígnios do coração deles. Os próprios líderes religiosos mataram os profetas de Deus, portanto, a matança vinda deles próprios. Não só profetas morreram por mãos deles, mas tanto sangue inocente, pestes, fome, espada por causa do sítio ao redor da cidade. Tudo por culpa dos líderes religiosos. A cidade é o caldeirão e os inocentes mortos são a carne desse caldeirão. Porém, os líderes religiosos não serão cozidos na panela, mas sobreviverão fora desse caldeirão para sofrerem no cativeiro (v.4-7).

3.Eles têm medo da espada dos Caldeus, mas deviam ter medo da espada do Senhor (Mt  10.28). Sofrerão à espada, sim, mas não em Jerusalém, mas em terra estrangeira. Nem são dignos de morrer dentro da cidade. Devemos lembrar que nosso Salvador Jesus Cristo assumiu a humilhação, fazendo-se pecado por nós e morrendo fora da cidade. Os filhos de Zedequias e todos os príncipes de Judá morreram na fronteira da terra, em Ribla, Hamate (Jr 59.9-10, Nm 34.8,11) (v.8-11).

4.Sem dúvida alguma o castigo vem por causa da desobediência de Judá em imitar as nações vizinhas em seus pecados. As palavras tanto são verdadeiras que, enquanto Ezequiel profetizava, um dos príncipes, Pelatias caiu morto. “Este caiu morto, de repente, assim como Ananias e Safira aos pés de Pedro”.O profeta clama ao Senhor, pois a mão do Senhor pesa contra os pecadores. “As dez tribos tinham sido levadas cativas há muitos anos atrás e um grande número das outras duas tribos no cativeiro de Jeconias, portanto, só havia um remanescente deixado na terra; agora, de súbito, a morte de um dos príncipes. O profeta temia que o Senhor estava acabando com tudo de uma vez, por isso ele se opõe” (v.12-13).

5.Deus ouviu a oração do profeta e respondeu-lhe. O clamor de Ezequiel era pelo povo de Deus. Se Deus amava o Seu povo por que estava destruindo-o assim? “Essas palavras são um insulto dos habitantes de Jerusalém contra os cativos, sugerindo que eles são grandes pecadores e por causa de seus pecados foram tirados de sua própria terra e levados para a Babilônia e que merecem ser excomungados da casa e do povo de Deus...” Não deixa de ser a mão de Deus expulsando os pecadores da terra, porém, a arrogância dos que ficaram não os permitiu ver o seu próprio estado pecaminoso, também (v.14-15).

6.O Senhor responde para o profeta Ezequiel que apesar de serem lançados para fora da terra, Ele não os abandonou e será para eles um santuário. Alguns sugerem que este versículo se refere às sinagogas e que a tradução seria “o santuário de poucos” ao invés de “... santuário, por um pouco de tempo” . O v.17 é uma profecia da restauração da nação de Israel, muito bem retratada em Romanos 11. Deus nunca abandonou totalmente a nação de Israel (v.16-17).

7.A terra será limpa de toda a idolatria (v.18). “...Isto teve cumprimento em Zorobabel, Esdras e Ageu...  quando a adoração a Deus foi restaurada e houve uma reforma de muitos abusos da religião; e novamente nos tempos dos Macabeus; e terá um grande cumprimento no tempo da conversão dos judeus... Os judeus restaurados pelo Messias serão um povo diferente. Terão um só coração, isto é, não estarão mais divididos entre Deus os ídolos. Receberão o Espírito Santo e terão um coração de carne (sensível) e não mais um coração de pedra (endurecido). Deus quer a obediência de Seu povo, por isso, Ele o transformará. Nem todos os judeus se converterão, assim como foi no cativeiro. São “aqueles que permaneceram em Jerusalém e não foram levados cativos, mas continuaram em sua própria terra e adoraram ídolos, os mesmos que em Ez 11:15” Esses preferiram andar em suas idolatrias e receberão o juízo merecido (v.18-21).

8.A glória do Senhor tem um lugar: no alto. O crente deve contemplar a glória do Senhor que comparada às coisas terrenas é infinitamente superior. É uma imagem triste. A glória do Senhor deixou o Templo e agora deixa a cidade. Os pecados fazem separação entre Deus e os homens. O profeta Ezequiel passa a contemplar os cativos na Babilônia. Lá relatou suas visões. O que aconteceu até esta altura do livro. Isto serviria de consolo aos anciãos, pois Deus ainda falava através do profeta (v.22-25).

por : Pércio Coutinho Pereira.

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